terça-feira, 30 de novembro de 2010

DE QUEM TU É?

É incrível como nos dias de hoje pessoas comuns, são apenas “pessoas comuns”, quando você tem menos de 50 anos e chega em algum lugar, a primeira coisa que te perguntam é: De quem tu é?

Eu particularmente já ouvi muito essa pergunta e minha resposta quase sempre foi:

De alguém que você não conhece!

As vezes, até cheguei a brincar dizendo: Do meu pai e da minha mãe....

Mas na verdade as pessoas esperam que você diga que é filho de alguém conhecido, isso para que elas possam saber exatamente de onde você veio, quantos irmãos você têm, se já casou, separou, teve filhos, aonde mora, que carro tem, aonde trabalha, se progrediu na vida ou caiu na cachaça...

É isso que alimenta as rodas de fofoca regadas a muito chimarrão e as vezes um biscoitinho feito pela própria dona da casa.

Me surpreende perceber a cada dia um pouco mais da indiferença de muitos diante de muitos outros. Se estás bem vestido você realmente merece um bom atendimento, uma oportunidade e até mesmo um sorriso, mesmo não sendo sincero.

Já por outro lado, tente sair com aquela roupa de sábado de manhã, aquela que se usa para carpir as pestes da grama, e lavar a calçada que o cachorro do vizinho sujou de barro, com certeza o tratamento será bem diferente. Imagine então as pessoas que não tem muita opção, que vestem sem nem ter que pensar, todo dia aquela mesma camisa velha , aquele mesmo jeans desbotado pelo uso.

São absurdos diante de nossos olhos, e isso acontece de diversas formas, pode ser  porque você é pobre, se veste mal, não tem estudo, fala alto, é gago,  não tem amigos, talvez até porque você não tem idade, nem sobrenome, muito menos influência alguma sobre o que quer que seja. E assim vai, pessoas comuns nunca estão nas grandes rodas, nas grandes festas, nos grandes cargos. Existem sim algumas exceções, mas são poucas exceções.

Diante daquela perguntinha “de quem tu é”, já cheguei a dizer: Olha, sou um alguém qualquer, filha de ninguém, vinda de lugar nenhum...

E é assim que a gente se sente muitas vezes diante da indiferença de muitas pessoas, porém, hoje eu tenho certeza que:

Sou uma pessoa especial, filha de Deus, vinda de um lar abençoado!


Por mais que insistam em me fazer sentir menor, me fortaleço com a mesquinhez e falta de sabedoria de quem me subestima.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

UM PRESENTE DE NATAL...

O Natal está aí, batendo em nossa porta, por meio de comerciais, anúncios de brinquedos, perfumes, chocolates e tudo mais que possa ser utilizado como presente para alegrar alguém.

Antigamente eu sabia e sentia que o Natal estava chegando quando as pessoas começavam a decorar suas casas com luzes coloridas, guirlandas nas portas, aquela linda árvore de Natal enfeitada com diversas coisas, e elas preocupavam-se em comprar doces para distribuir para as crianças... Mas o mais bonito era todo aquele empenho para realmente sentirmos que existia algo diferente naquela data. Quando montávamos o presépio a mamães ensinavam as crianças o porquê do Natal, e ao centro estava o menino Jesus, em cada casa de um jeito, fosse de porcelana, de louça, de plástico ou de barro, mas aquele era o “menino Jesus”, ah e não podia faltar a estrela, lógico, a estrela guia.

As crianças aprendiam o que era o Natal, elas iam à Missa junto com seus pais pela manhã cedinho naquela data tão especial, em que até as canções da Igreja eram mais bonitas, luzes, velas e lá sim estava a árvore de Natal mais encantadora...

Hoje, quando falamos em Natal, já vem a mente o tanto de presentes que teremos que comprar para alegrar todos que nos cercam, e aquela preocupação de que o dinheiro não vai dar, de que o Natal vai ser pobre, não vai ser o ideal.

Posso presumir que isso é apenas uma constatação de que perdemos completamente a esperança, a fé, aquele sentimento especial que tínhamos quando éramos crianças. E nossas crianças por sua vez, esperam ansiosas pelo Natal apenas para ganharem aquele presente caro e tão esperado, muitas delas acham que o Papai Noel é o grande cara da história, o aniversariante.

Os abraços não são tão sinceros, os votos, não são mais de coisas realmente importantes, as pessoas querem ter mais dinheiro no próximo ano, mudar de emprego, comprar uma casa maior, trocar de carro, comprar uma moto, uma roupa nova (milhares de roupas novas), elas querem tudo o que é material, e isso realmente é sim importante, mas isso a gente busca, a gente luta... Talvez neste Natal, muitas pessoas peçam apenas um abraço, um carinho sincero, a companhia de alguém especial, outros peçam apenas ter o que comer e onde dormir. São várias faces de uma mesma história...

Quem sabe com o tempo as pessoas queiram resgatar o Natal, como elas fazem com aquela calça boca de sino, ou de cintura alta, aquele sapato que chamam de “retrô”, talvez essa data volte a estar na moda e nós ainda tenhamos tempo para ver as pessoas pendurando suas guirlandas nas portas, suas luzes no telhado, montando suas árvores de Natal e é claro, contando à seus filhos que nesta data nasceu o “Menino Jesus”, e que o presente mais bonito que se dar ou receber é a amizade sincera, o abraço de amigo, o amor de irmão, é um carinho num momento inesperado, é segurar a mão de quem está perdido, é aquele beijo na bochecha que afoga uma lágrima, são pequenos gestos, que tornam o Natal vivo dentro de nós e nossas vidas muito mais cheias de Esperança.

Vamos decorar nossa cidade.

Fotos Decoração Natalina - Prefeitura Municipal de Matelândia

terça-feira, 23 de novembro de 2010

EM CONSTRUÇÃO....

Aos pouquinhos irei aprimorando este Blog, que com certeza será muito interessante....